Campo: Química
Nuclear
1867
Maria Sklodowska nasceu em 7 de setembro em Varsóvia,
Polônia (foto à esquerda da casa onde nasceu).
Filha do professor de física e matemática, Wladyslaw
Sklodowski e da cantora, pianista e professora Bronsilawa Boguska, a caçula de
cinco filhos desde cedo se mostrou uma excelente aluna.
Marie
educou-se em pequenas escolas da região de Varsóvia, obtendo um nível
básico de formação científica com seu pai.
1878
Aos onze anos Marie sofre duas grandes perdas: sua mãe morre
vítima da tuberculose e sua irmã mais velha morre de tifo.
1882
Sempre encorajada pelo pai a se interessar pela ciência,
Marie termina os estudos aos 15 anos e passa a trabalhar como professora
particular.
1891
Com a ajuda de uma de suas irmãs, aos 24 anos, muda-se para
Paris para continuar seus estudos.
1894
Estudando na Sorbonne,
obteve licenciatura em física e em matemática em 1983 e
1894.
Marie conhece o professor Pierre Curie (foto à esquerda) com o qual se casa no
ano seguinte passando então a ser chamada de Madame Marie Curie.
Conseguiu que seu marido, Pierre Curie, se tornasse
chefe do Laboratório de Física da Sorbonne.
1896
Antoine Henri Becquerel incentivou-a a
estudar as radiações emitidas pelos sais de urânio, que por ele tinham sido
descobertas. Juntamente com o seu marido, Marie começou, então, a estudar os
materiais que produziam tais radiações, procurando novos elementos que, segundo
a hipótese que os dois defendiam, deveriam
existir em determinados minérios como a pechblenda.
1898
Efetivamente, nesse ano deduziram que haveria, com
certeza, na pechblenda, algum componente liberando mais energia que o urânio;
em 26 de Dezembro do mesmo ano, Maria Skłodowska Curie
anunciou a descoberta dessa nova substância à Academia de Ciências de Paris. Foi nesse
ano que o termo “radioatividade” foi cunhado por Marie Curie.
Antoine Henri Becquerel
já havia feito alguns estudos sobre a radiação emitida pelos compostos de urânio em 1896, tendo, contudo abandonou os
estudos a respeito por não considerá-los promissores. Até então se referia ao
fenômeno como “hiperfosforecência”.
As pesquisas realizadas por Marie Curie com a ajuda de seu
marido Pierre levaram a descoberta de dois novos elementos químicos: o polônio, que ganhou este nome em homenagem ao país natal de Marie,
e o rádio, nome dado devido
à sua intensa radiação. A pesquisa do casal abriu um novo caminho
a ser explorado na pesquisa científica e médica, levando muitos cientistas da
época a estudar o assunto.
Neste mesmo ano Marie Curie teve sua primeira
filha, Irene (que também ganhou um prêmio Nobel de química em 1935).
1903
Marie finalmente defende sua tese e obtém o título de Doutora
em Ciências pela Sourbonne tornando-se a primeira mulher a receber o título
nesta universidade. No final do mesmo ano, Marie e Pierre Curie recebem o
prêmio Nobel de física pela descoberta dos dois elementos químicos junto com Antoine Henri Becquerel que foi o primeiro a
estudar o fenômeno.
1904
Nasce sua segunda filha Eve.
1906
Morre Pierre Curie, seu marido, em um acidente rodoviário. Após a morte de seu marido,
Marie ocupou o seu lugar de chefe do Laboratório de
Física da Sorbonne como professora de Física Geral. Foi a primeira mulher a
ocupar este cargo.
1911
Após a morte de seu
marido Marie continua a estudar a radioatividade, principalmente suas
aplicações terapêuticas e recebe outro prêmio Nobel, desta vez em química, por
suas pesquisas com o rádio tornando-se a primeira pessoa, até então, a ganhar
duas vezes o prêmio Nobel.
Participou da 1ª à 7ª Conferência
de Solvay.
As Conferências de
Solvay (também chamadas de Congressos de Solvay) são uma série de conferências científicas
celebradas desde 1911. No começo
do século XX, estas conferências
reuniam os mais consagrados cientistas da época, e proporcionaram avanços
fundamentais para a Física
Quântica. Foram realizadas no Instituto
Internacional de Solvay de Física e Química, localizado em Bruxelas, fundado pelo químico
industrial belga Ernest Solvay.
Depois do êxito inicial da primeira conferência, as conferências passaram
a ser dedicadas à resolução de diversas questões, tanto na física como na química. Estas conferências
são realizadas de três em três anos.
1914
Foi nomeada Diretora do Laboratório Curie do Instituto do Radium, da Universidade de Paris, fundado neste
ano.
1921
Visitou os Estados Unidos,
onde foi recebida triunfalmente. O motivo da viagem era arrecadar fundos para a
pesquisa
1922
Tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.
1934
Em 4 de julho de 1934
Marie falece, perto de Salanches, França, devido a uma leucemia causada pela longa
exposição aos elementos radioativos.
1995
Seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Paris, tornando-se a
primeira mulher a ser sepultada neste local.
Curiosidades
Depois da morte do seu marido, Marie teve um relacionamento amoroso com
o físico Paul Langevin, que era
casado, fato que resultando num escândalo jornalístico com referências
xenófobas, devido à sua origem polaca.
Durante a Primeira Guerra
Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados
feridos.
Nos seus últimos anos foi assediada por muitos físicos e produtores de cosméticos, que faziam uso de material
radioativo sem precauções.
Visitou o Brasil, atraída
pela fama das águas radioativas de Lindoia.
Durante o período da hiperinflação nos anos
90, sua efígie foi impressa nas notas de banco de 20000 zloty da sua Polônia natal.
A sua filha, Éve Curie,
escreveu a mais famosa das biografias da cientista, traduzida em vários
idiomas. Esta obra deu origem em 1943 ao argumento do filme: "Madame
Curie", realizado por Mervyn
LeRoy e com Greer Garson no papel de Marie Curie.
Foram também feitos dois telefilmes sobre a sua vida: "Marie Curie:
More Than Meets the Eye" (1997) e "Marie Curie - Une certaine jeune
fille" (1965), além de uma minissérie francesa, "Marie Curie, une
femme honorable" (1991).
O elemento 96 da tabela periódica, o Cúrio, símbolo Cm foi batizado em honra do Casal Curie.
No dia 7 de novembro de 2011 recebe homenagem na pagina inicial do
motor de busca Google por seus 144 anos desde a data do
nascimento através de um Doodle comemorativo que ainda se encontra
disponível em seu histórico de
Doodles (imagem abaixo).
Referências:
http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/Biografias/Curie/Curie3.htm
http://www.ucs.br/ccet/defq/naeq/material_didatico/e-museu_quimica_01.htm
http://nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1903/marie-curie-bio.html
http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_29/MarieCurie.html
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